Cyberbullying pode gerar estresse pós-traumático em crianças; veja estudo 28382z
Mais da metade dos entrevistados relatou ter sofrido ataques online, seja por meio de comentários maldosos ou pela disseminação de boatos 1e26w
Com o avanço da tecnologia, os casos de bullying, ação caracterizada por comportamentos agressivos praticados por uma ou mais pessoas contra outro indivíduo, migraram para as redes socias, sendo denominados como cyberbullying. De acordo com a UNICEF, ao menos um terço dos jovens de 13 a 24 anos em 30 países afirmam ter sido vítimas de ataques online. Um levantamento recente, publicado na revista BMC Public Health, mostrou que esse tipo de experiência pode desencadear o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) em crianças. 466l6j
Cyberbullying e seus impactos 445wt
Pesquisadores questionaram 2.697 estudantes norte-americanos do ensino fundamental e médio, com idades entre 13 e 17 anos, sobre sua saúde mental e episódios com ameaças ou xingamentos online. Mais da metade dos entrevistados relatou que já sofreu cyberbullying. Entre os principais ataques estavam comentários maldosos ou ofensivos, além da disseminação de boatos e da exclusão de grupos de bate-papo.
A partir dos depoimentos, os especialistas descobriram que a experiência afeta diretamente o emocional dos jovens, causando traumas que podem perdurar até a vida adulta. O levantamento, que também teve como base 29 estudos, evidenciou que 57% dos alvos demonstraram sintomas graves de TEPT.
A pesquisa ressalta, no entanto, que o psicológico dos meninos apresentou menos impactos negativos do que o das meninas. Além disso, eles contataram que os alunos com idades mais baixas têm maior probabilidade de desenvolver o transtorno.
Como ajudar os jovens? 2q4p5f
De acordo o estudo, o tipo de ataque não influencia a intensidade dos efeitos para a mente. "Como nossa pesquisa demonstra claramente, o cyberbullying em qualquer forma - seja na exclusão ou ameaças diretas - pode levar a abalos significativos em jovens", explica o principal autor do artigo, Sameer Hinduja, em um comunicado.
Por isso, os estudiosos afirmam que "é vital evitar priorizar ou banalizar qualquer forma específica em detrimento de outra". A fim de auxiliar crianças e adolescentes, além de prevenir o TEPT, os pesquisadores sugerem que as escolas ofereçam atendimento especial às vítimas. A pesquisa também recomenda a criação de projetos para ensiná-los a lidar com situações de importunação.
