Script = https://s1.trrsf.com/update-1749766507/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Quais os cenários de uma possível retaliação do Irã contra Israel? d286p

Após os ataques israelenses contra o Irã, o país poderá reagir de várias formas, segundo especialistas militares e serviços de inteligência ocidentais. Os cenários mais prováveis incluem bombardeios diretos ou ações indiretas executadas por aliados na região, de acordo com uma análise publicada pelo jornal britânico The Times e o correspondente do canal 24 no Irã, Saeed Azimi. 3t4w1n

13 jun 2025 - 10h17
Compartilhar
Exibir comentários

O ministro da Defesa iraniano revelou, durante uma reunião de gabinete recente, que o país testou recentemente um míssil com ogiva de duas toneladas, lembra Saeed Azimi. "Desde a Revolução Islâmica, o setor em que o Irã mais avançou foi o da defesa. Diversas novas tecnologias e armamentos foram apresentados nos últimos anos, e essa capacidade militar pode representar uma ameaça real aos interesses dos EUA e de Israel na região", afirmou. Lançamento direto de mísseis Segundo analistas ouvidos pelo The Times e o Wall Street Journal, o Irã mantém o maior arsenal de mísseis balísticos do Oriente Médio, com alcance de até 2.000 km — suficiente para atingir alvos em todo o território israelense.   Teerã poderia lançar uma ofensiva direta com mísseis de curto e médio alcance contra instalações militares, centros urbanos ou infraestruturas estratégicas em Israel. O risco, neste caso, seria a interceptação pelos avançados sistemas de defesa israelenses (como o Domo de Ferro e o Arrow 3). Além disso, tal ofensiva poderia desencadear rapidamente um conflito regional de grandes proporções. Ação através de aliados e milícias O Irã dispõe de um extenso eixo de aliados armados na região, que inclui o Hezbollah (Líbano), com mais de 100 mil foguetes; os houthis (Iêmen), que já lançaram drones e mísseis contra Israel e milícias xiitas no Iraque e na Síria, com histórico de ataques a bases americanas. Esses grupos poderiam agir simultaneamente em diferentes frentes, sobrecarregando a capacidade de resposta israelense. Para os especialistas, a vantagem para o Irã seria não se expor diretamente ao confronto, mas manter pressão militar e política constante sobre Israel. Ataques a bases dos EUA na região Como resposta indireta ao apoio norte-americano a Israel, o Irã pode determinar como alvo bases dos EUA no Golfo Pérsico, Iraque ou Síria. Essas ações serviriam como alerta a Washington, sem necessariamente envolver ataques diretos ao território israelense. Uma consequência possível seria a intervenção militar direta dos Estados Unidos, ampliando o conflito em escala global. Ameaça ao tráfego marítimo e ao petróleo O Estreito de Ormuz, por onde a cerca de 20% do petróleo mundial, é um ponto-chave da geopolítica energética. O Irã já ameaçou — e, em 2019, chegou a sabotar — navios petroleiros e cargueiros na região. Uma ofensiva nesse sentido poderia incluir o bloqueio do estreito com minas navais, ataques a navios comerciais e operações de pirataria marítima. Um impacto global possível seria a disparada no preço do petróleo e forte pressão internacional por medidas de contenção. Ciberataques e sabotagem O Irã possui capacidade cibernética avançada, já demonstrada em ataques anteriores a sistemas israelenses de energia, transporte e infraestrutura hídrica. Segundo analistas de segurança, Teerã poderia realizar ataques coordenados a servidores e sistemas israelenses, tentar invadir ou sabotar comandos militares remotos ou utilizar guerra eletrônica para desorganizar radares e comunicações. Uma tática de baixo custo e alto impacto, que evita o confronto direto e é difícil de ser atribuída imediatamente, segundo os analistas. Avaliação estratégica O Irã tem múltiplas opções para retaliar Israel, cada uma com custos, riscos e impactos próprios. Enquanto um ataque massivo com mísseis permanece tecnicamente possível, analistas apontam que Teerã tende a preferir respostas indiretas e coordenadas, especialmente por meio de aliados como Hezbollah e houthis, além de ataques cibernéticos. A decisão final, para observadores internacionais, dependerá do grau de destruição sofrido pelo Irã nas últimas ofensivas e da avaliação estratégica do regime sobre os riscos de uma guerra aberta no Oriente Médio. 6h4415

Nesta foto de arquivo de 30 de março de 2005, um agente de segurança iraniano, vestido com roupa de proteção, caminha por uma das áreas da Unidade de Conversão de Urânio, localizada nos arredores de Isfahan, no Irã.
Nesta foto de arquivo de 30 de março de 2005, um agente de segurança iraniano, vestido com roupa de proteção, caminha por uma das áreas da Unidade de Conversão de Urânio, localizada nos arredores de Isfahan, no Irã.
Foto: © Vahid Salemi / / RFI
RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade